O QUE É O PLANO NACIONAL DE LEITURA?

O Plano Nacional de Leitura (PNL) nasceu em 2006 e tem como missão elevar os níveis de literacia dos portugueses, procurando melhorar os seus hábitos de leitura. Os projetos levados a cabo pelo PNL envolveram até agora a esmagadora maioria das crianças e dos jovens portugueses, tanto na sala de aula como na biblioteca escolar e noutros espaços. Para lá dessa presença nas escolas, os efeitos do PNL têm-se alargado às áreas da leitura em família e da leitura pública, sobretudo através da rede de Bibliotecas Municipais, fundamental para assegurar a presença do PNL por todo o país.

Ao longo da sua existência, o PNL tem prosseguido um caminho orientado pelo lema Ler+ Ler melhor, apostando mais na qualidade do que na quantidade e utilizando todos os recursos ao seu alcance. Os suportes digitais tornaram-se hoje meios indispensáveis para a difusão da leitura e do conhecimento, sem prejuízo do papel que o livro continua a desempenhar como um objeto de cultura essencial, graças a uma boa rede de bibliotecas e de livrarias, facilitando o acesso ao que de melhor é publicado pelos editores portugueses, também parceiros centrais neste trabalho.

Um dos grandes propósitos do Plano Nacional de Leitura consiste em consolidar boas práticas de leitura, de modo a que iniciativas anuais como por exemplo o Concurso Nacional de Leitura, a Semana da Leitura ou o concurso Jovens Autores de Histórias Ilustradas (promovido pela Nissan) possam ser incluídas pelas escolas nos seus planos de atividades. Pretendemos, deste modo, que muitas ideias de promoção da leitura atinjam uma velocidade de cruzeiro que as integre no quotidiano das escolas graças ao esforço conjugado de professores, educadores, escritores, bibliotecários, animadores culturais, encarregados de educação, etc., que as adaptam às realidades de cada escola.

A criação de hábitos de leitura e a sua difusão por um número cada vez maior de alunos contribui decisivamente para o seu enriquecimento cultural, assim como para o reforço do seu sentido crítico e da sua consciência ética. Através da leitura podemos sair de nós próprios e do nosso pequeno mundo, criando um espaço de liberdade pessoal, ultrapassando fronteiras que nos limitam e adquirindo valores essenciais para a nossa convivência cívica – valores humanos e culturais que não se compram nem se vendem, permanecendo enraizados no espírito dos nossos jovens e tornando-os futuros cidadãos livres, capazes de ler e de interpretar um mundo em transformação.

Fernando Pinto do Amaral, Comissário do Plano Nacional de Leitura