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IAN KERSHAW
Novo livro do historiador desvenda a Europa pós-1950
Um dos livros mais esperados pelos amantes da História Universal chega esta semana a Portugal. “Continente Dividido”, de Ian Kershaw, é o segundo volume dedicado à História da Europa desde o período pós-Segunda Guerra Mundial até à atualidade, traçando um grande panorama do mundo em que vivemos e do seu passado, obrigando-nos a repensar o que significa ser europeu. Com mais uma obra de referência e de grande atualidade, Ian Kershaw é um dos mais respeitados historiadores contemporâneos, sendo responsável por livros como “Hitler”, “Até ao Fim” e de “À Beira do Abismo”, primeiro volume do livro que agora nos chega.
Depois dos horrores sem fim da primeira metade do século XX, Ian Kershaw aborda aqui as décadas que se seguiram, de 1950 a 2017, que trouxeram paz e relativa prosperidade à maior parte da Europa. Enormes progressos económicos transformaram o continente, dividido, vivendo em ansiedade permanente sob a ameaça nuclear. Os europeus “andaram” numa montanha-russa, no sentido em que foram expostos a acontecimentos que podiam ter-se revelado catastróficos, mas também no sentido em que deixaram de ser donos dos seus próprios destinos – porque, para a maior parte do período considerado, os Estados Unidos e a União Soviética reduziram, de facto, os europeus a figuras indefesas, cujos destinos eram ditados pelo xadrez estratégico da Guerra Fria. Houve sucessos notáveis – o bloco soviético terminou, ditaduras desapareceram e a Alemanha reunificou-se com sucesso. Mas o aprofundamento da globalização trouxe novas fragilidades. O impacto combinado das crises pós-2008 foi um alerta muito forte para os europeus de que a paz e a estabilidade não estão garantidas.
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